terça-feira, 29 de outubro de 2013

Entre aspas: "Síndrome do Floquinho de Neve Especial"


                                                                              
Algumas garotas tem um probleminha muito sério chamado Síndrome do Floquinho de Neve Especial. Você já ouviu falar? Se não senta aí que eu vou explicar pra você e ainda usar musa dessa síndrome, Taylor Swift.

Você provavelmente já conheceu a garota que é “anti-garotas”. Ela provavelmente vem com um discurso que diz algo como “eu não sou como as outras garotas” e completa com “eu gosto de futebol (como um garoto), eu gosto de video game, não uso maquiagem, prefiro tênis a salto, não sou vadia porque fico em casa ao invés de ir à baladas, sou fã de sci-fi, etc.”. Muito provavelmente ela ainda diga que prefere andar com garotos porque garotas são falsas, ou a amizade é ruim, ou que a amizade com garotos é muito mais legal e divertida. A moça que sofre da síndrome acha que ela é unicamente especial e por isso melhor que as “outras garotas”. A mente dela é dividida apenas entre ela e as outras garotas. Tipo assim mesmo, preto no branco.

Ela provavelmente se compara às outras e é sempre melhor. Tem milhares e milhares de moças com essa síndrome no tumblr e ultimamente eu vejo muito no facebook também.
Não fique tão preocupada se você de repente já fez algo assim. Eu acredito que todas nós temos um pouquinho da SSS (Special Snowflake Syndrome) e em níveis diferentes. Tem uma explicação pra isso, histórica inclusive. Mas o importante é você perceber que:
Não, você não é mais especial que ninguém. Não existem as “garotas normais”. O que apontam como “garotas normais” são estereótipos femininos, não uma pessoa de verdade.
Vocês já pararam pra perceber como a SSS é um arma sexista que frequentemente faz com que as mulheres deixem de ser amigas das mulheres? Porque, afinal, as outras mulheres são OUTRAS mulheres. Elas tem peito de silicone, gostam de academia e de balada enquanto você é SUPER ESPECIAL porque prefere ficar em casa assistindo série e seus peitos são naturais. Elas são esse “tipinho”, e indiretamente você acaba sendo a Rainha da Cocada Preta.

Acho que todas vocês, leitoras, estão familiarizadas com o vídeo da Taylor Swift para You Belong With Me. Ele simplesmente personifica a portadora de SSS.



O vídeo e a música são sobre uma garota que está apaixonada por um cara que tem uma namorada. E, por acaso, essa namorada abraça alguns dos estereótipos femininos muito usados nas “outras garotas”. E essa namorada desse cara, essa “outra garota” que gosta de se maquiar, é líder de torcida, usa saias curtas… bem, a Swift tem um sério problema com essas garotas. Ela é tão superior á namorada do cara que no final ele resolve que ter ela é a melhor coisa ever e a escolhe para o baile.Que menina!

But she wears short skirts, I wear t-shirts (Ela veste saias curtas e eu visto camisetas)
She’s cheer captain, and I’m on the bleachers (Ela é líder de torcida e eu estou nas arquibancadas)
Dreaming about the day when you wake up (Sonhando com o dia em que você vai acordar)
And find that what you’re looking for (E descobrir que o que você tava procurando)
Has been here the whole time (Esteve aqui o tempo todo)

E aí está. O floquinho de neve mais especial de todos, Taylor Swift. E sabe o que é melhor? Taylor tem milhares de fãs que vêem ela fazendo isso e acham que aquilo é o correto. Vamos lá demonizar as “outras garotas” porque somos especiais! E se você acha que ela vai admitir que faz isso porque quer se sentir melhor que as outras, provavelmente não vai conseguir ouvir isso dela.

Parem para ouvir as letras da Taylor Swift. Ela é sempre a vítima, sempre misunderstood, sempre, como a Feminista Cansada diz, virge e santa™. Eu não tenho dúvidas de que Taylor é extremamente insegura de si mesma e acaba fazendo isso para tentar sair por cima.

A verdade, caras leitoras, é que é normal você preferir tênis a saltos. Sabe por quê? Porque isso é, afinal, uma escolha pessoal, é o que faz de você você. Ninguém é superior a ninguém por causa de escolha pessoal. Se você não gosta de dançar funk, isso não te faz melhor nem especial, isso só te faz uma pessoa, entre várias, que não gosta de dançar funk. Se você prefere a companhia de garotos como seus amigos, isso também não te faz especial. É uma preferência, uma escolha, e não um troféu.

Ninguém precisa provar que é diferente ou único. Todos nós, seres humanos, somos diferentes. Você É diferente das imaginárias outras garotas, isso só não te faz melhor.

Não seja como Taylor Swift. Você não precisa diminuir os outros pra se sentir melhor.

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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Entre aspas: "Os rios de Bauman"

Este assunto não é novíssimo, tampouco o vi justo agora. Ouvi um comentário há meses atrás sobre "a sociedade líquida" e me interessei.
"Na modernidade - ou sociedade - líquida, tudo é volátil. As relações humanas não são mais tangíveis e a vida em conjunto, casais, grupos de amigos, afinidades políticas, entre outros perde consistência e estabilidade."

Bauman entra em diversas vertentes do nosso cotidiano que transformou-se de sólido para líquido. Sociedade líquida, modernidade líquida, amor líquido são assim nomeados por ele fazendo uma relação com a água e sua capacidade de transformação rápida de um estado a outro, como exemplo aqui, de sólido para líquido. Decidi, no entanto, optar por focar somente nas relações de amor - ou quase isso.
Com nossos ancestrais, podíamos perceber, quase num todo, a durabilidade das coisas, das relações. Mas não credito este aspecto como algo sagrado, único modelo bom e que deve ser seguido por todos. Tinham-se raízes mais fortes, costumes mais arraigados e a liberdade não era tão difundida. Nosso libertismo hoje, porém, é forte. Pode ser isto que faz nossas novas relações absterem-se quase 100%. Ou, acostumados a rotina laboriosa, constante e rápida, inevitavelmente aceleramos também nossos relacionamentos. Enjoamos fácil e por isso descartamos tão rápido quanto preenchemos o espaço vazio desse descarte. Substituímos também por medo de sermos substituídos, afinal, existem produtos supostamente melhores que o nosso.
Nossos antepassados tinham o prazer pelo progresso e por isso viam nisto algo melhor, mais sólido. Hoje, nos amedrontamos com essa concepção. Temos medo do progresso e por isso o tomamos como uma correnteza forte que podemos ser jogados a qualquer momento para até nunca mais.
A problematização no amor líquido - englobemos cá todos os tipos de amor - está na possibilidade de cambiação por algo que cremos ser melhor do que o que temos. Segundo Bauman, estamos querendo substituir qualidade por quantidade - o que nunca se consegue.
Explicito neste que concordo com Bauman em muitas coisas. Também não generalizo dizendo que todos nós vivemos exatamente desta liquidez, mas sofremos com ela sim e podemos aplicá-la, mesmo sem perceber - tanto porque acho que faço parte da pequena porcentagem que preza em alto grau pela solidez, mas que posso ter sido pega ou vou ser pega por uma onda quente em algum momento e vou transformar sólido em líquido.
"É um mundo de incertezas e cada um por si." Não creio que se encontre satisfação eterna mudando constantemente de galho por causa da vista que, vez ou outra, não é tão boa quanto no galho de cima, ou no do lado. Concordo também que, com a solidez, para algumas pessoas, sua liberdade é excluída em quesito de poder de escolha, mas Bauman diz que "...Além disso, o valor de um relacionamento é medido não só pelo que ele oferece a você, mas também pelo que oferece ao seu parceiro. O melhor relacionamento imaginável é aquele em que ambos os parceiros praticam essa verdade." e que "... o amor não é um 'objeto encontrado', mas um produto de um longo e muitas vezes difícil esforço e de boa vontade."
Para finalizar, encerro com perguntas que ando me fazendo constantemente e acho importante: O que será de nós quando tivermos 50 anos? Quem seremos? Como estaremos?

(postado originalmente em Liberdade Inquieta).
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Filmes #1 - Upside Down


Olá.

Para começar, resolvi reservar um espacinho de vez em quando para falar de algum filme que assisti recentemente. Hoje vou falar sobre um filme que se chama Upside Down.

Primeiramente, acho muito válido ressaltar que o protagonista dele é, nada mais nada menos do que JIM STURGESS. Eu amo esse cara! A história - de ficção científica - é dividido em dois mundos que têm gravidades contrárias, onde os planetas acabam se posicionando um acima do outros e quem está embaixo, basta olhar pra cima para enxergar o outro mundo (confuso, não?).


Mas as diferenças não param por ai. Um lado é super desenvolvido, com prédios altíssimos, pessoas bem de vida, entre outros aspectos. Já o outro se apresenta em uma realidade diferente: destruído e miserável, onde seus habitantes têm que lutar diariamente para tentar uma vida digna.




Em meio a tudo isso, como não pode faltar, há uma história de amor. E, como é de se esperar, o casal se encontra em mundos diferentes. Eden e Adam se apaixonam de uma forma muito bonita, desde pequenos, quando se conheceram, porém, é complicado - pra não dizer impossível - pois eles não podem estar - teoricamente - presentes em um lugar que possui outra gravidade, certo? Errado. O amor que os move é um gatilho para que Adam tente sim quebrar as barreiras impostas pela natureza e ir atrás dela. Mas as coisas não são tão fáceis assim, é preciso coragem, força de vontade e gostar bastante mesmo. E pra saber o resto, você vai ter que assistir!


O que posso adiantar é que o filme tem uma fotografia muito bonita, me agradou bastante, apesar que, se for analisar cruamente, o amor proibido já é algo bem comum nas histórias por ai. Por isso que as críticas em relação ao filme são bem dividias. Particularmente, eu gostei e indico por ai.


Ficha Técnica:

Nome: Upside Down
Diretor: Juan Diego Solanas
Sinopse: Adam é um cara aparentemente normal em um universo bastante extraordinário. Ele vive humildemente tentando pagar as contas, mas seu espírito romântico se segura a uma memória de uma garota que ele conheceu em outro tempo, em outro mundo, um mundo afluente invertido com sua própria gravidade, diretamente acima mas além do alcance… uma garota chamada Eden. Seus flertes durante a infância se tornam um amor impossível. Mas quando ele rapidamente vê a Eden adulta na televisão, nada ficará em seu caminho para tê-la de volta… Nem mesmo a lei ou a ciência! (Filmow)
Elenco: Jim Sturgess, Kirsten Dunst, Nicholas Rose, Vicent Messina, James Kidnie.





Até a próxima,

Vick.
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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Por que é tão difícil superar a morte?



Semana passada foi ao ar um dos episódios mais tristes do mundo das séries (na minha opinião): o episódio de número três da quinta temporada de Glee, onde é feita uma homenagem ao Finn/Cory. O ator que dava vida ao personagem nos deixou este ano, e seus companheiros de cena fizeram algo para homenagear o ator.
Depois de assistir àquelas tristes passagens, onde fui impedida de evitar as lágrimas, fiquei me questionando porque é tão difícil para nós aceitar e entender a morte. Desde o dia que somos feitos, lá no início de tudo, quando somos fecundados, a única certeza que se tem é que um dia vamos morrer. Sim, é triste, mas é verdade!
Quando nos deparamos com a perda de um ser humano muito querido, o luto é inevitável. Choramos por dias, lembramos dos melhores momentos e choramos de novo. Parece um ciclo sem fim e eu realmente acredito que não exista um. Você pode não chorar mais todos os dias, mas sempre vai se lembrar quando uma data especial chegar ou quando uma música simbólica tocar. É inevitável, é certo, é extremamente real. 
Aquela sensação de vazio aos poucos vai indo embora, deixando aquela saudade alojar em seu lugar, mas de vez em quando ele volta com tudo só pra nos lembrar de quão triste é isso. É difícil entender a morte, sempre haverá questionamento em relação a ela em todos os casos, sem exceção.
E a mesma pergunta que fiz no título, eu faço agora: por que é tão difícil superar a morte? Ela, que é algo que todo ser tem em comum com o outro. Acredito que nós devíamos ser mais bem preparados para aceitá-la, compreende-lá e deixar que as coisas sejam da maneira como devem ser. Mas sinceramente, não, não vamos conseguir superar a morte. Ela vai sempre ser a certeza mais dolorosa e talvez incerta de nossas vidas.
E não acho que há uma resposta concreta para a minha pergunta. Apenas é difícil e continuará sendo. É a mesma relação que um filósofo que estudei na faculdade faz com o tempo 'você sabe o que é, mas não consegue explicar'. Assim vivemos até quando formos impedidos de tal.


Descanse em paz, Cory. Com o tempo saberemos aceitar a sua ida, mas será impossível superá-la. Você foi uma grande pessoa, te guardo comigo nas canções que pude ouvir através de sua voz. Obrigada <3


Vick


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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Vale a Pena Assistir... Harper's Island



Começo meu primeiro post aqui no Arquivando-me falando sobre a junção de duas das coisas que eu mais gosto: séries e suspense.


Lançada em 2009, Harper's Island é uma série que tem como gênero terror/suspense, sendo dividida em 13 episódios. E em cada um deles, seus personagens vão sendo mortos de maneiras brutais e violentas.


A história começa quando Henry e Trish resolvem se casar, chamando amigos próximos e familiares a passarem alguns dias na ilha. Uma dessas convidadas é a melhor amiga do noivo, Abby Millis. Assim parece que nada pode dar errado, se não fosse pelo fato de, sete anos antes, um serial killer, conhecido como John Wakefield, matou a mãe de Abby e mais cinco pessoas. E mesmo depois desse tempo, a chegada de todas aquelas pessoas desencadeiam a raiva de alguém que parece seguir os passos do antigo assassino - ou será que ele ainda está vivo?

Qualquer um pode ser um suspeito, e ninguém está a salvo. E se você quiser descobrir quem está por trás de tudo isso - e porque - terá que assistir até os últimos minutos em um final completamente inesperado.




Elenco Principal:
- Elaine Cassidy (Abby Mills)
- Katie Cassidy (Trish Wellington)
- Christopher Gorham (Henry Dunn)
- C.J. Thomason (Jimmy Mance)
- Jim Beaver (Charlie Mills)
- Richard Burgi (Thomas Wellington)
- Matt Barr (Christopher Sullivan)
- Cameron Richardson (Chloe Carter)
- Adam Campbel (Cal Vandeusen)




Até a próxima!

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