quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Minha pele, minhas regras!


Quinta-feira(29/08), dia de acordar com dezessete anos na cara, dia do meu aniversário, dia de ouvir comentários bobos da galera do fundo que não sai do facebook, dia de receber os parabéns das minhas colegas, e dia de ouvir alguma frase muito idiota da minha melhor amiga.

Em meio aos tantos parabéns que recebi no facebook, resolvi postar "Só mais 365 dias para as tatuagens", pronto, já foi o suficiente para receber uma ligação inoportuna, super preocupada com o que farei na minha pele daqui um ano, preocupada é pouco, a pessoa do outro lado estava surtando mesmo, como se eu estivesse segurando uma arma apontada para minha cabeça.

Dentre as tantas besteiras, acabei ouvindo que "as empresas não vão querer uma garota tatuada trabalhando para eles", desde quando uma empresa pode mandar no meu corpo? Na minha pele? Algo meu, que se eu quiser vou encher de tatuagens, pronto e acabou! Em pleno século vinte e um, sério mesmo que ainda rola todo esse preconceito?

Desde que passamos a entender nossas vidas, ficamos cientes de que aos dezoito somos quase que oficialmente donos de nossos próprios narizes, menos como se mora na casa dos pais, isso não te faz totalmente dono do próprio nariz.

Quando chegar a hora dos meus dezoito, farei minhas tatuagens, e até lá, meu alargador não será de apenas 1mm, e por trás de toda essa "rebeldia adolescente", as empresas precisam encarar que há uma profissional, mesmo com toda a tinta na pele, com todas as transformações, com tudo, TUDO MESMO!

Eu não estou aqui estudando atoa para ouvir de alguém que não sirvo para fazer coisas que sempre fiz, já tenho prática, os rabiscos na minha pele não me deixaram menos capaz, não esconderei, não temerei, se quiser tatuar, sei lá, o rosto, farei isso, pronto e acabou. Problema de quem deixar de me contratar por coisas assim.


Fernanda Costa



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