quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Nepente

Tem dias que tudo parece que dá errado, não importa o que eu faça, ou o que eu pense para melhorar alguma coisa, parece que tudo piora, tudo mesmo, e até se eu quiser sentar em chorar no meu canto, alguém virá perturbar, não perguntando o que eu tenho, o que seria reconfortante, mas não, resolvem jogar o resto do mundo nas minhas costas.

Dia desses cheguei da escola tão esgotada e cansada que a única coisa que pensei em fazer foi tomar meu guaraná gelado e colocar um cd do McFly, e eu senti uma paz interior tão grande, mas tão grande, que nem eu mesma consigo explicar, gostaria que todos sentissem o que eu senti naquele momento, foi tão bom, foi algo que me livrou da dor e do sofrimento que venho passando internamente.


Não perdi ninguém, não estou sofrendo por algo que aconteceu, estou sofrendo pelo que vai acontecer, pelos milhares de plano que tenho para mim. Parece que no fim vão me acordar no fim com um soco na cara, me chamar de loser e dizer que tudo que eu fiz até então foi em vão, que meus pensamentos, motivos para lutar, ou qualquer outra coisa, é pura rebeldia sem causa.

Quero chegar mais dias em casa e ligar o som, que tudo aquilo que eu estava sentindo de ruim vá embora do mesmo jeito que veio até mim, que as minhas aflições sejam sanadas, que eu sempre ache algo que me ajude a esquecer do que me faz mal, do que me atrasa.

Mas de qualquer jeito, quando 2013 acabar, e eu pisar pela última vez na minha escola como uma aluna, vou sentir o maior alívio do mundo, e a maior saudade do mundo de olhar para trás e ter minha amiga, fofocar, ou simplesmente tirar alguma dúvida de alguma matéria onde meu cérebro preferiu vagar do que prestar atenção, e a velha mania de perguntar se tem mais alguma tarefa, se eu não esqueci de anotar nada na minha agenda.

Fernanda Costa

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