Sinto-me como um objeto, estou exposta em uma vitrine, sou uma boneca a espera do primeiro que passar em frente, me comprar e me levar.
Odeio ficar com coisas demais na cabeça, um tumulto sem fim, um novelo de lã que cada vez mais parece não ter fim.
Eu me sinto diferente mesmo isso soando tão igual quando a palavra ‘diferente’ ecoa na minha mente.
Se eu mudo meu cabelo, é por mim, se eu escrevo algo ou começo a curtir coisas novas, é por mim, são pequenas desculpas para fugir um pouco dessa mente que fica vagando atrás de suas próprias verdades.
Não irei mudar, serei eu, mesmo não fazendo idéia de quem eu seja. Talvez ninguém saiba o que é, nem seu lugar exato no mundo.
Não sou uma boneca na vitrine, quero fazer as coisas por mim, não quero nada que seja fácil demais, não quero ser fácil, a qualquer. Mas não quero passar a vida idealizando uma fanfic.
Fernanda Costa
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