segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Aceitando-me

A autoestima é uma batalha diária. 



"Se você não se abrir para o mundo, ele não virá até você", essa semana enquanto eu estava olhando no espelho e apontando meus defeitos, lembrei dessa frase, foi um amigo meu que disse isso lá no primeiro ano para a Fernanda que via Harry Potter todo dia e não sentia vontade de fazer mais nada, não que tenha mudado muita coisa, eu ainda sou privada de uma vida social (valeu, pais!).

Já perdi as contas de quantas piadinhas sobre meu peso eu ouvi esse ano, seja de alguém próximo, ou do babaca que é o "galãzinho" da sala, coitado. E as piadas obviamente vinham acompanhadas de adjetivos sobre meu cabelo, como se isso fizesse a mínima diferença, eu não tenho vergonha de ser gorda, do meu cabelo então muito menos! Mas se eu gostaria de mudar? Óbvio! Eu não gosto dos meus braços cheinhos, detesto, para ser sincera e tenho a mania de pensar que tudo isso vai ser passageiro, Fernanda Costa é ruiva e gorda agora, mas até o fim da faculdade Fernanda Costa será magra e bonita, mas aonde está escrito que para ser bonita precisa ser magra? Bonita eu já sou! Sou mesmo, eu me amo mesmo, não que não caia na tentação dos dias de "nossa, meu cabelo ta um lixo", "nossa, minha pele ta feia", quem nunca, não é mesmo? O problema é que essa tentação ultimamente vem sendo muito recorrente.

Bela Deville tornou-se uma companheira para esses dias, o blog dela, para ser mais exata. A Bela é o tipo de pessoa que toca lá no fundo das suas inseguranças com os textos dela, são as experiências dela que poderiam muito bem, obrigada, ser as minhas experiências. O "Fat Diary" mexeu horrores comigo, principalmente por toda a detalhação das fases que ela passou, me vi em várias.

Além de ser uma pessoa incrível, Bela também é uma autora excepcional! 

Ju Romano é lá do "Entre Topetes e Vinis", e ela é LINDA, as roupas dela são MARAVILHOSAS, e quando escreve alguma coisa sobre esse mundo gordofóbico que vivemos hoje, é sensacional. Ela é do tipo que mostra que quando alguém fala que gorda não pode usar short, ela monta um look e mostra que pode e DEVE usar short, ou saia, ou calça estampada, etc. A Ju é tábua de salvação dessa geração de "look do dia" com manequim 36.


No mesmo dia que lembrei da frase, comecei olhar pro espelho e procurar ver que apesar dos braços serem cheinhos, as pernas são grossas e muita gente se mata na academia para ter uma, HAHAHAHA, MORRAM! E eu estou começando a gostar de ser assim, as roupas servem, algumas estão até mais largas e eu posso muito bem contar meu segredo para vocês: deixei fluir! Sério mesmo, parei com essa babaquice de querer fazer dieta e sofrer por não poder chegar perto de um prato de brigadeiro. Eu tomo Coca-Cola, como brigadeiro, tenho uma vida normal, uma altura normal e um peso acima dos padrões, mas e dai? Isso não vai me impedir de entrar na faculdade, nem de arrumar um namorado. A única coisa que pode me atrapalhar sou eu mesma, se deixar me abater pela minha insegurança, e cá entre nós, estou entrando na fase do "estou de saia curta e me achando, beijo de batom vermelho pros haters".

E essa sou eu em uma selfie recente, e vou confessar uma coisa: virei amante da saia curta!


Fernanda Costa






4 comentários:

  1. kkkkkkkk, me identifique bastante com teu texto, escreveu pra mim foi? Também sou gordinha e amo batom vermelho. Demorei um certo tempo pra me aceitar assim ( fiquei gorda depois da gravidez) e foi muito difícil me desfazer das roupa antigas manequim 38, snif! :,-(. Mas quer saber?Acho que sou mais feliz agora. E viva as curvas!!!

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    1. Eu estou no processo de aceitação HAHAHAHAHA mas já estou infinitamente melhor comigo mesma do que uns tempos atrás. E como você disse, viva as curvas!

      Volte sempre, xx

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  2. Menina, vc é linda. A mídia maldita diz q a gente tem q ser de um jeito e as bestas todas acreditam q é assim. Eles ditam só pq nós aceitamos. Tolice. Sejamos sempre nós mesmos!
    Bjooooos...amei seu post
    www.violetasroxas.com

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    1. Obrigada pelo elogio, Paula! Pois é, acatamos as ordens da mídia e esquecemos que se for pra mudar, tem de ser por apenas uma pessoa: nós mesmas!

      Voltei sempre, xx

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