domingo, 17 de fevereiro de 2013

Tweedily tweet dee dee dee

Sobre aplaudir o Sol e coisas aleatórias.


Sabe quando você acorda e nem consegue abrir os olhos direito de tanta dor de cabeça? Mas parece que é só tentar mais um pouco, tomar um gole de água, começar a checar seus e-mails que tudo passa? Passa tão rápido que nem parece que estava ali?

Hoje é o tipo de dia em que tanto faz como tanto fez é tudo a mesma coisa, eu sinto raiva de todas as coisas que me cercam, sinto a vontade de transformar as coisas, mas depois passa, tão rápido quanto chegou, passa mais forte que um vendaval e destrói tudo por dentro, como se houvesse muito para ser destruído.

O tipo de dia em que dá vontade de sair e aplaudir o Sol no fim do dia, apenas agradecer por mais um dia, como se isso fosse rotina, só dá vontade, sem explicação, sem motivos de causa maior, só uma loucura que começa feito um tornado, mas sei lá os motivos cresce, mas passa, e vai embora tão rápido quanto o vendaval, tão rápido quanto meus amores de verão, tão rápido quanto as paixões de noventa minutos.

E por qual motivo eu estou aqui? Por qual motivo eu já não desisti de tudo? Por qual motivo ainda não toquei minha vida e fiz essa bola ir para frente?

Até a luz que entra pelas frestas na janela que antes era motivo de aborrecimento, hoje não é nada, é só mais um motivo para eu ficar na cama, estática, olhando para os milésimos de segundo que ainda insistem em passar, apreciando a velhice que vem para ficar.

O que se passa dentro de mim? O que eu realmente quero para o meu futuro?

E nada faz sentido, a vida é assim, sem sentido, sem explicações concretas, é apenas isso, nua e crua, como um texto citado por aí, escrito em uma mesa de bar suja e qualquer, por um poeta louco, nada faz sentido, e tudo aqui dentro é pó, é bobagem, é passageiro, é só a felicidade querendo sair, é só a tristeza querendo se espreguiçar e dar bom dia.

Até o canto bobo dos pássaros e o caminhar do vento consegue fazer mais sentido do que qualquer coisa que eu venha escrever nesse momento, mas quem liga? Alguém um dia parou para refletir após ler uma palavra minha?

As perdas que parecem cada vez mais perto, mas perdas emocionais, não físicas, só perdas, ou atrasos na vida, atrasos para realizar sonhos, coisas aleatórias.

É só mais uma noite sem dormir, é só mais um dia pedindo descanso emocional, mas passa, tudo passa. O problema é que eu não sei lidar, eu gosto do estrago, eu tenho gana pelo mundo inteiro, eu preciso é de fôlego, preciso brincar de ser feliz. É só chegada a hora de colocar tudo na mochila e partir, sem tchau, sem carta, sem nada.

Fernanda Costa

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