E que venha o Terceiro Ano!

Quando foi chegando perto do começo do ano letivo prometi internamente que não deixaria de postar um diazinho se quer, já comecei falhando nessa promessa que fiz para mim mesma.
Hoje foi meu segundo dia de aula no terceiro ano (galera, me recuso a falar "terceirão", por favor), na verdade está mais para o primeiro do que para o segundo, sério, o primeiro nem na sala a gente ficou, foi mais dinâmica (no caso, fofoca com as amigas, discussões sobre assuntos sérios, dentre outras coisas, e ah, planos para o carnaval).

É muito estranho pensar que faço parte da turma dos veteranos, isso é engraçado né? Já que isso de "veteranos" é tão estadunidense que eu nem me acostumo a pensar desse jeito. Acho que deveria ter assistido um pouco menos de High School Musical na infância (mentira, eu deveria ter assistido bem mais).

O mais estranho disso tudo é pensar que é o ÚLTIMO ano, depois disso vai vir o começo da vida adulta, mas quando o professor de matemática enche a lousa com aqueles cálculos cabulosos eu agradeço cada segundo que passa, já que nunca mais terei de ver ou fazer aquelas contas, os gráficos, as raízes, e tudo mais. Não há nada mais mágico do que escolher uma faculdade sem ter as matérias que eu tanto odiei enquanto estive no médio.

Me lembro com detalhes o primeiro dia de aula, lá na quinta série (o sexto ano de hoje em dia), eu tinha medo da escola, dos alunos, do pessoal da minha sala, mesmo estando há anos com ele, eu não gostava de ninguém e tinha a sensação de ninguém gostava de mim, ódio reciproco, sabe?
Quando paro pra pensar nas bobagens que já fiz naquele lugar, da primeira e única vez em que fui mandada para fora, chorei horrores, pedi para professora relevar o que havia acontecido (que nem culpa minha era), mas não adiantou em nada.
E o primeiro amor então? SOCORRO! Não há nada que me faça ter mais vontade de voltar no passado do que isso, teria poupado meus anos de amor platônico, por favor, mas até que a babaquice toda me ajudou amadurecer, pelo menos algum ponto positivo, mas se alguém souber onde deleta as lembranças dessa fase, me conta, eu não aguento mais sentir vergonha dessa fase da vida, principalmente quando alguma amiga vem com o papo "AH, VOCÊ LEMBRA QUANDO GOSTAVA DO FULANO?" "Nunca gostei, não sei quem é, nem faço questão de saber" "CLARO QUE SABE QUEM É, VOCÊ ERA APAIXONADA POR ELE".
Isso já faz tanto tempo e até hoje eu sinto vergonha, besteira da minha cabeça, é hora de seguir em frente (de verdade) e só pensar no futuro, por mais ameaçador que ele pareça.

Que venha o Terceiro Ano! Ao infinito e além! 

Fernanda Costa