domingo, 14 de outubro de 2012

A velha mania do amar demais.



Aquela tarde tão estranha, mais um choro perdido por causa de uma briga, um desafeto sem a menor importância. Peguei a minha bolsa, coloquei meus óculos escuros e sai correndo, nem ao menos me importei em trocar aquele velho moletom vermelho de uma banda qualquer, só queria fugir daquele minúsculo espaço do qual eu me escondia todos os dias.
Sentei-me embaixo de uma árvore no velho bosque, as crianças brincando nos balanços que rangiam sua velhice sem parar, revirei minha bolsa colocando meus fones, peguei meu livro favorito que sempre deixava na bolsa, pronto para me socorrer.
Mas naquela tarde eu não conseguia me concentrar, e lá estava um garoto de camisa de flanela azul conversando com seus amigos, aqueles olhos azuis quase dançavam a cada sorriso seu, eu sorria toda boba só de observá-lo. Viajei nos meus pensamentos tentando adivinhar quem era ele, por qual motivo estava naquele lugar, de onde ele era.  Toda a raiva que eu sentia, angustia ou aflição quando cheguei naquele lugar já não existia mais, eu só conseguia olhar para ele, observar aqueles olhos tão faiscantes que pulsavam o meu coração. “There's danger of me loosing all of my happiness, cause I love a man who doesn't know I exist”, oh sim Amy, obrigada por me entender garota.
O celular se remexia sem parar, era minha mãe, provavelmente querendo saber por que sai correndo daquele jeito e sem nem ao menos dizer para onde eu estava indo. Levantei-me batendo as calças e jogando o livro de volta na bolsa. Já estava completamente distraída e entretida com alguma música, quando alguém esbarrou em mim.
“Oh, desculpe-me, não foi minha intenção esbarrar em você.”– era o meu príncipe, o meu garoto dos olhos azuis.
“Não foi nada, eu é quem estava distraída.”
Sorri indo embora, até hoje não sei quem ele era.

Fernanda Costa

Um comentário:

  1. uhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
    alguem está apx.....
    espero que não seja mais uma das almas perdidas q aparecem loucas pelo bricio

    :)

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